Manhas da filha

5 da manhã e a Leonor andava às voltas na cama. Acendemos a luz e perguntamos-lhe se tinha doi-doi. Ela acena com a cabeça e aponta para a garganta. Nada de mais natural já que ainda está constipada. Perguntei se podia dar um beijinho e ela acena novamente que sim. Dei-lhe um beijinho no pescoço e perguntei se tinha passado. Ela abana com a cabeça. Novo beijinho. "E agora já passou?". "Não", vira-se para o pai e levanta o cabeça, como quem diz agora és tu a dar beijinho. Dito e feito. "A Leonor ainda tem doi-doi?". "Não". Luz apagada e fomos dormir. 

Disparates da mãe

Vi um bicho lá em casa. Atirei-lhe com o cinzeiro. O bicho sobreviveu, o cinzeiro partiu-se e eu cortei-me. O pai acabou por matar o dito. Eeerrgg!

A noite fora de casa

A Leonor hoje não dormiu em casa hoje. A pedido dos primos, deixei-a dormir na tia. Já lá dormiu outras noites, sempre que estamos fora ou que trabalhamos até muito tarde. Mas assim, sem motivo, foi a primeira vez. Hoje liguei cedinho, ainda dormia e passou bem a noite. Eu nem por isso. Bom, está bem confesso: dormi a noite toda que nem uma pedra. O mais estranho foi chegar a casa e ela não estar, não haver barulho e o tempo custar a passar. Que vazio! E que silêncio! 

Mais um fim-de-semana em casa

Minha casa meu reino! Ou como quem diz: maridão engessado carro parado! Mais um fim de semana em casa. Dois diazitos passados a tratar do lar e da(s) criança(s). Não foi mau, mas com menos paciência que o anterior. E já não consegui passar a roupa a ferro. Tenho uma pirâmide à espera de ser transportada para outro lado qualquer. 

Coisas más: A Leonor continua a fungar por todos os lados e ainda não consegui ensiná-la a usar o lencito, por isso passámos o Domingo todo a aspirar-lhe o nariz com o Narinel. 

Coisas boas: soube que nem ginjas a visitinha da mãe, da mana e da prima. Pena ter sido curtinha. Ah! E o bolo de bolacha?! Divinal!!! 

Coisas atrasadas: para além da Leonor não ter ainda muita roupinha para esta estação, daqui a nada não tem é o que calçar. Está por um bocadinho! Preciso de ir às compras urgente!

Sobre Caim...

Ainda não li Caim. Talvez o venha ler. Acho que cada um tem direito à sua opinião, desde que respeite a dos outros. Sou Católica, por educação e aculturação. Mas não sei no que acredito. Tenho Fé, o que só por si é uma contradição. Preocupa-me a orientação religiosa que vou dar à minha filha, quando eu mesma tenho tantas dúvidas. Mas não a vou deixar com um vazio tão grande na vida. 

Programação cultural

Ainda não consigo que a Leonor fique quieta num restaurante mas já estou a pensar leva-la a um programinha cultural. Acho que ela vai gostar dos novos sons, cores e movimentos. Isto também porque não temos saído muito com ela. 

No topo da minha lista estão: umas sessões próprias para crianças da idade dela na Gulbenkian (se entretanto já não estiverem todas preenchidas), uma ida ao CIRCO (com ou sem animais porque o que é giro mesmo é ver os trapezistas) e estou a ver se encontro uma peça de teatro própria para a idade (ela gostou e ficou quieta a ver a sessão de marionetas mas não pode ser nada que dure muito tempo). 

Para o próximo ano constam da lista uma ópera no S. Carlos e o Lago dos Cisnes. Brincadeirinha, vou esperar que ela tenha pelo menos três anos. 

(Este entusiasmo também é motivado pelo meu gosto nestas actividades que, seja por falta de tempo, de motivação e/ou companhia, não é alimentado há muito tempo. Por isso, até ao final do ano vou ver uma peça, nem que seja infantil!)

 

A mãe também anda a contar...

Faltam cerca de dois meses para o Natal. Ui, já estou aos pulinhos, doida para fazer a árvore de natal e enfeitar a casa. Já tenho de lado algumas receitas novas para experimentar e fui à procura das receitas do costume, também não resisti e já comecei a comprar mais alguns enfeites para a árvore de Natal. Depois vem o resto: a lista de compras interminável, o stress para satisfazer todos, a falta de tempo, os problemas próprios de uma família dos tempos modernos e em que um dos filhos tem que se dividir pela mãe, pelo pai e pelos avós. Não é fácil, mas com boa vontade tudo se arranja! Mais para a frente vou desejar que tudo passe a correr mas para já antecipo, com calma, a magia própria da época. Pode ser que desta vez tudo seja mais calmo. 

Seja como for este vai ser o primeiro Natal que a Leonor vai participar, já que o ano passado ela era muito pequenina.  Antecipo a carinha de contente dela quando vir as luzinhas e os enfeites, Também antecipo o trabalho que vai dar convence-la de que não pode mexer. Ainda não sei o que fazer quanto à história do Pai Natal... ai, ai os problemas que uma mãe tem que resolver... 

A contar...

- Um...  dos...  tês!!

Bem, sim a Leonor já sabe contar... até três, às vezes até quatro! Conta tudo. As colheres de papinha para os bebés. Conta para o ar quando se lembra. Conta comigo as colherzinhas de leite em pó que ponho no biberon.  

 

Desafio!

Ontem chegou lá a casa o sofá branquinho que andava há muito a namorar! Pensava eu que era só preciso manter a D. Leonor e as suas canetas afastadas daquela imensa "tela" branca quando já ontem a apanhei a morder furiosamente o braço do sofá! Vai ser bonito vai!

Trabalho infantil!

As brincadeiras da Leonor estão cada vez mais engraçadas. 

Há já um tempo que ela gosta de dar papinha aos seus bebés, mas agora já lhes diz: "Pá-pá tudo bebé, pá-pá tudo". Também gosta de desenhar, sobretudo nas folhinhas dos post its cor de rosa. Deita-se no chão, agarra correctamente na caneta, e começa a escrevinhar. 

O único problema é que estas actividades demoram, em média, menos de 5 minutos. Para a entreter durante uma hora tenho que inventar mil e uma coisas. Normalmente tenho que a envolver nas minhas coisas. Quando ando a limpar a casa, anda sempre atrás de mim com um paninho. Se estou a cortar os legumes para a sopa, está ao meu lado, em cima de uma cadeira, a lavar os pedacitos de batata ou cenoura. Aliás, tudo o que envolve água é o que lhe mais prende a atenção, acaba é invariavelmente mal... Quando passo a ferro, o que é raro mas também acontece, põe-se debaixo da tábua e arrasta-a. Quando faço a cama de levado, também dá uma ajudinha. Sobe lá para cima e faz cu-cu com os lençóis. 

Com uma ajudante destas tudo demora o dobro do tempo, mas é muito mais engraçado! 

Fim de semana caseiro

Mais um fim de semana caseiro. Com o pai, e motorista lá de casa, ainda com o pé engessado, não há passeios, visitas e afins. Assim, ficámos apenas por casa. E que bem que soube. Houve tempo para tudo, para limpar, engomar, brincar com a Leonor, cozinhar. Bom, não é que estas sejam as minhas actividades lúdicas favoritas mas quando se passa a semana toda fora de casa, ao fim de semana sabe bem tratar do "ninho" e da "cria". 

Medos noturnos

Hoje acordei às 4 horas da manhã com a Leonor bem encostadinha a mim (sim, voltámos aos maus hábitos desde o episódio de convulsão), com os olhinhos bem abertos e muito caladinha. Comecei a falar com ela, a perguntar se tinha dói-dói. Mas ela nada. Peguei-lhe ao colo e ela agarrou-se a mim e ali ficou por um bom bocado. De vez em quando estremecia mas continuava caladinha, por fim lá acalmou. O sono só deve ter vindo bem depois das 5 da manhã e ao colo do pai. Não sei o que a assustou mas deve ter sido um sonho bem real. Acho que prefiro quando ela acorda a chorar do que quando fica assim. Como que paralisada. E se eu não acordasse? E nas outras noites? Sim já acordei a meio da noite e deparei-me com ela quietinha e acordada mas nunca me apercebi que tivesse medo. Será que me enganei? Com o Diogo os medos vieram mais tarde, lá para os quatro anos. E na maior parte das vezes ele acordava a chorar. 

Enfim, este episódio deixou-me inquieta, vou ter que ficar de vigília e atenta.  

18 meses!

Hoje fazemos anos. Ela completa ano e meio de vida e eu ano e meio que sou mãe. Sim, por que nesse dia também eu renasci. Tudo mudou. O dia a dia, as prioridades, as perspectivas, os objectivos a forma como penso, o meu "eu"! As mudanças foram tantas que por vezes nem eu me reconheço. Agora o meu mundo és tu Filha! 

Dias difíceis

Porque o trabalho aperta, o pai torceu feio o pé e anda de muletas, a filha anda rabugenta porque tem que se levantar cedo, a máquina fotográfica está com a tia e a mãe anda um pouco cansada desta agitação toda... os posts andam mais curtos. 

Queixinhas e mentiras.

Frases frequentes da Leonor: 

- Papá ta-tau bébé... 

- Mamã [gesto de puxar o cabelo] bébé...

Não, não andamos a espancar a rapariga lá em casa, basta um de nós ralhar com ela para ela ir fazer queixas ao outro. 

Ao telefone

- "Tê, tê... é nô nô!!" 

(tradução: "Tou, tou é a Leonor!!")

Mais comprinhas...

As horas de almoço dos últimos dias têm sido produtivas. Gostei da colecção infantil da Zara (Saldanha) mas a da C&A é de fugir... lá trouxe uns básicos para equilibrar o orçamento. Amanhã é dia de ir à Benetton! Pelo meio ainda tive tempo de espreitar, e encomendar, mais algumas coisinhas na Verbaudet!! 

De calendário às avessas

Ontem, finalmente, caí em mim... é Outono e a miúda não tem nada para vestir. Coitadinha, ontem lá foi para a avó com umas calças a fugir para o curto e uma camisola tamanho inferior ao dela. À hora de almoço dei um pulo à Zara e comprei umas camisolinhas, um casaquinho e umas calças e à noite lá revirámos as gavetas da roupa de inverno a ver o que ainda se salva. Segue(m)-se nova(s) sessão (ões) de compras que ainda temos muito que comprar. 

 

Do fim de semana...

Hoje, quando fechei a porta de casa, tive que me conter para não a abrir outra vez e para não ir "apertar" e dar mais um beijo repenicado na bochecha rechonchuda da minha filha. O bom de um fim de semana prolongado é que estamos mais tempo juntos, o mau é que a separação doí que se farta. O facto dela ter ficado a chorar também não ajudou muito...  tenho um nó na garganta que só se vai desfazer quando a abraçar mais logo. Este vai ser um dia longo.