Hoje trabalho em casa

E na minha "pausa para café" já estendi a roupa, aspirei a sala, limpei o pó e arrumei o quarto. Tudo isto para além do trabalho que já fiz. Só mais uma coisinha e já posso ir buscar a piolha para irmos lanchar. Isto sim é produtividade!

Ser super qualquer coisa

Há muito que acalento um desejo, o de ser uma mulher elegante, organizada e eficiente. Daquelas que quando chegam a casa de salto agulha no pé, em menos do nada sacam do frigorífico os ingredientes para um jantar requintado e preparam-no ao mesmo tempo que dão banho, alimentam e colocam para dormir as suas crias (também elas muitíssimo bem educadas) e depois ainda têm tempo para um momento a dois calmo e tranquilo...

A realidade dos últimos dias não tem sido mais diferente deste cenário. Chego a casa descabelada depois de um percurso no carro em que a cria vem aos berros, começo a fazer o jantar e das duas uma ou esqueço-mo dele enquanto tento acalmar/dar banho/vestir/entreter a mais pequena, ou reparo que faltam os ingredientes principais para o prato que de manhã tinha decidido fazer. O resultado dá no mesmo: não há jantar ao invés há uma espécie de snack (com sopinha vá). E depois de conseguir ter finalmente tudo mais ou menos organizado, não antes das onze da noite, lá me sento finalmente no sofá enroscadinha nos meus mais que tudo e em menos de 5 minutos adormeço. Enfim, hoje é outro dia e pode ser que as coisas sejam diferentes. Mas vou passar pelo take away, pelo sim pelo não.

Vaidosa(s)

Eu não quero só falar do Natal mas o tema parece que não me larga. Hoje foi dia de fotos de Natal na escola. Não fui de modas e mandei a miúda para a escola de vestido, meias e casaquinho. Não foi de sapatos porque não tem (nós lá por casa somos mais pro prático) mas foi de botinhas. Palpita-me que vai ser uma daquelas fotos que ela quererá esconder quando for crescida.

Mas foi com boa intenção filha. A mãe jura.

Mentira tem perna curta!

Fui me embora sem dizer à Leonor que me ia embora. Não sabia o que dizer. Nunca fui boa com despedidas. Do outro lado da linha, já a muitas milhas de distância, expliquei-lhe que tive que apanhar um avião, como ao que o Pai Natal usa (ela acredita do velhinho de barbas mas não vai na conversa de que o trenó voa e muito menos que é puxado por renas). Associação de ideias imediata: "Ah, então foste buscar a minha prenda?!". Lá tentei explicar-lhe que não, mas a explicação não surtiu qualquer efeito. Logo, qual foi a primeira coisa que ela me disse quando me foi buscar ao aeroporto?

- "Onde está a minha prenda?"

(Mas depois seguiu-se uma sessão de beijos e mimos e abraços e bejinhos à esquimó)

Mensagem particular

Querida SCAS creio que agora já é possível fazer comentários. Confesso que não sou muito dada a tecnologias mas acho que já resolvi o problema. Entretanto, aqui fica o meu email manuelasg@live.com.pt

bjinhos

De regresso

Não há nada como regressar a casa. Por vezes entre fraldas e biberons, entre bibes e canais Panda perguntava-me onde estava aquela parte de mim que gostava de pegar na mala e viajar para bem longe, de preferência sozinha. Agora percebi: ela continua a existir, não morreu, mas agora é Mãe.

Ora, bora lá dar um saltinho a Luanda

Um dia e meio para ir (é preciso economizar), um dia para trabalhar, um dia para voltar. Coisa pouca mas já sinto um friozinho na barriga a pensar nas 3 noites que a miúda vai ficar sem mim (e eu sem ela, leia-se). Este tipo de coisas era bem mais giro quando não tinha que pensar na outra ponta do meu cordão umbilical.

Shopping Addiction

1. Ontem a caminho de casa já no carro:

ela "Mãe tens moedinhas?"

eu "Sim, porquê?"

ela"Então vamos às compas, vamos?"

2. Ainda ontem...

ela "O mano tá em casa?"

eu "Não filha, o mãe do mano é que o foi buscar à escola e agora o mano vai para casa da mãe do mano"

ela "Porquê?"

eu "Ora coitadinha ela também tem saudades do mano."

ela "Então poque é que ela não compa outro?"

Nata 2011 - A prenda

Quando me via à rasca para comprar coisas para um miúdo de 4 (que já tinha quase tudo) lembro-me de pensar "se fosses miúda é que era". Mas agora que tenho uma miúda com quase 4 vejo-me novamente à rasca. Há tanto por onde escolher que não sei para onde me virar. Ela só vai ter um presente, portanto, esse terá mesmo que ser o Presente. Isto não quer dizer que seja caro, pelo contrario, mas tem que ser aquele que lhe ponha os olhos a brilhar.

Lá em casa adoptámos a máxima uma prenda por miúdo. E só. A Leonor só este ano está a associar prendas a Natal e já vai no bom caminho. Cada anúncio que vê é logo "Compas para mim, compas, pai?" (sim, ela sabe a quem pedir lá em casa!). Nem o bebé que aparece no início do anúncio da Calzedonnia lhe escapa. Já o Diogo utiliza uma técnica diferente, nada parece lhe interessar mas depois se vê menos que uma mão cheia de prendas na Árvore de Natal, ui, recorre logo aos livros do Continente para marcar o que lhe interessa. Este ano vai ser diferente espero que ele consiga perceber.

Construir relações

Passaram o fim-de-semana a brincar juntos, sem portas trancadas e gritos de "o mano não quer brincar comigo!". No domingo ficaram 1 hora sozinhos nos corredores de brinquedos do Continente (o tempo de eu fazer compras de que necessitava), a ver, estudar e experimentar todos os brinquedos. No final não pediram nenhum... temo que venha dali uma lista de desejos de Natal interminável....

Hoje de manhã ela viu o mano a dormir na caminha dele e sei que mais logo vai perguntar porque é que ele não está lá.

É assim a vida.

Mariana Rute

Sim, é este o nome que a minha filha dá às suas bonecas.

Agora sim, começo a recear pelo futuro da miúda!