Interlúdio!

Ainda falta umas semanas até às férias mas este fim de semana vou rumar a sul. A pretexto de ir pôr os meus pais a Lagos vou tirar mais 2 dias e, assim, faço uma pausa, estou um pouco com eles e eles com a Leonor. Se há cidade que me lembre o Verão e a adolescência é esta e será um pouco como "regressar casa". Ainda me lembro dos tempos em que os primos discutiam para ver quem ia com quem e quem ficava ou não (a vantagem de cada uma das tias alugar uma quinzena por ano, fazia dela a casa de Verão da família). Depois, mais velha, recusava-me a ir (eram as minhas duas semanas de liberdade em Lisboa). Agora tenho uma saudade de lá estar e da rotina que se instalava.

TPM

Há uma altura do mês em discutimos sempre. Este mês perguntou-me, assim como não quer a coisa, se estávamos bem ou não, é que pelo lado dele "estava tudo bem e as discussões até são saudáveis mas ninguém entende as mulheres"... Estamos bem Amor, estamos bem! Mas a TPM é lixada nos meses de calor!

Eles no passeio e eu aqui...

Hoje é feriado na minha zona e pai e filha estão de folga. A mim calhou-me vir trabalhar! Se calhar (fosse eu uma feminista acérrima e a sério) devia estar a rejubilar por esta inversão de papeis... na realidade estou é com uma inveja de meter dó!

De manhã eles deviam ter ido à praia... liguei às 12h e estavam a acabar de acordar! Acabei de saber agora pela minha irmã que os "turistas" passaram pela loja rumo ao jardim para depois irem dar um pulinho à praia!

Eheheh, que inveja! Tou louca pelo relato que ela me vai fazer logo!!

A correr...

Vou tirar a tarde porque não quero deixar a minha cunhada levar a Leonor para a praia. Já arranjei briga, mas não quer saber. Quando me perguntaram se a podiam levar passaram-me tantos, mas tantos filmes pela minha cabeça que desconfio que vou precisar de uma ajuda médica para deixar a miúda mais à solta. Mas praia com eles todos, de transportes, com o calor que está e no sítio que é (Costa) NÃO!

Assim, vou sair à hora de almoço, vou logo lá busca-la, vamos passar na escolinha dela para tratar do material, do seguro e do mais que vão inventar (palpita-me que vão sair alguns (muitos) euros da carteira novamente) e depois parquinho connosco. Ok, pelo meio lanchamos e dormimos a sesta. Amanhã temos os anos da minha Mãe e vai ser um dia passado entre mulheres (Mãe, tias e irmã).

A contar os dias...

Falta um mês para estar aqui...

e depois ir para aqui

Na continuação da anterior..

Isto de partilhar filhos tem aspectos positivos. Ontem estava a contar com mais pormenor à mãe do D. como vão ser as idas e vindas nas nossas férias (sim, prefiro combinar eu com ela porque o Pai troca as datas todas e depois lá temos que estar as duas a refazer planos). Estava eu a prometer que viríamos a tempo do D. ainda lhe dar um bjinho no dia do aniversário dela quando ela me interrompe: "Não, não é preciso que eu vou esse fim de semana para fora...". Pois é, muito mais fácil combinar saídas a dois, sem problemas de consciência e sem ter que enfrentar crises do género "porque é que eu não posso ir também?". 

Nem sempre um divórcio tem que dar em confusão... basta todos serem adultos e pensarem naquilo que é mais importante: as crianças. Isto serve tanto para o pai e para a mãe, como para os novos companheiros quando, como é o caso, eles existem. Mas, confesso, nem sempre é fácil...

Noite doce, para contrariar o dia

Ontem saí mais cedo, mas ao invés de ir ao parque com a Leonor, fomos antes as duas às compras para preparar o jantar para o mano e primo, que têm estado de férias e por isso mais ausentes lá de casa. Pelo meio uma paragem na loja do chinês mais próxima para comprar algumas bugigangas para a Leonor. Acabei por lhe comprar plasticina, que ela ainda não conhecia. Tadinha, não percebeu muito bem como é que aquilo funciona, misturou as cores todas, mas adorou! Às onze da noite ainda chorava que queria fazer "patitina".  

Foi bom ter outra vez mesa cheia para o jantar... passados seis anos ainda não me habituei às idas e vinda do puto. Eu sei que ele tem mãe e tem avós que o adoram, mas isto de ser só de duas em duas semanas.... não é fácil! Uma vez perguntaram-me como era gostar do D., se havia sentimento ou se era mais por obrigação (já me perguntaram coisas piores, a sério...). Respondi que o mais difícil é pôr um travão no quanto se gosta. Faço parte da vida dele, mas o papel que desempenho não é tão definido quanto o de um pai ou de uma mãe ou até o de um avô ou avó... e já aconteceu "não travar" e ser "travada" e isso às vezes custa... e não, seis anos depois, as despedidas não são mais fáceis. E é claro que para a mãe dele também haverá, ou houve, momentos que não são, ou foram, fáceis.