Há tempos estive a pintar, pela segunda vez, a cama da
Leonor. Foi um daqueles projectos que correu mal desde o início. A cama dela, e
que já foi do irmão, é do Ikea, a Kura. Calculo que seja um best seller dada a quantidade de ikea hackers que encontrei na net. Castelos,
tendas de princesas, com dossel, pintada às cores, virada ao contrário, etc, etc..
O modelo presta-se a tudo.
Farta de olhar para a versão original, que já estava
com o pinho amarelado, resolvi fazer o meu próprio Ikea hacker e pintei a cama
de branco, mate. É verdade que o branco torna tudo melhor, o problema é que fiquei
com um “elefante branco” no quarto. As imagens da net até pareciam giras mas
não gostei. A cabeceira da cama é enorme e de branco ainda parecia maior. Nada
que um pouco mais de tinta (brilhante) e alguma paciência não resolvam.
E o resultado foi este:
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Aqui no cantinho está uma casa de bonecas também home made, foi o pai da Leonor que fez há uns tempos. |
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Já com edredon para facilitar a vida do dia a dia. |
Da segunda vez pintei de branco brilhante toda a parte da frente e utilizei tinta de ardósia na parte de trás. Assim, não cansa tanto e acaba por ser divertido.
Ao fazer estes pequenos trabalhos não posso deixar de
pensar o quanto as coisas mudaram cá por casa. Até há algum tempo tinha que
andar atrás do marido para arranjar/pintar/modificar o que quer que
fosse. Até que houve um dia em que resolvi eu começar a fazer as coisas. Pintar
já não é um problema, mexer em “artilharia pesada” também não e até já fiz as
bainhas dos cortinados (com régua e esquadro, é certo, mas que ficou direito
ficou!). Afinal, o jeito adquire-se com o tempo e não se transmite
geneticamente. Mas houve erros que podiam ter sido evitados. Eis alguns:
1. Comprar
pincéis nas lojas do chinês. É que é mesmo muito chato tirar os pelos do pincel
do meio da tinta. E se os deixarem ficar vão sempre ver-se. Mais vale gastar
mais uns trocos e ir a um armazém próprio;
2. Pintar
com um primário e esperar o mesmo resultado como se tivesse utilizado tinta.
Por algum motivo se chama primário, não é?;
3. Não utilizar o primário e esperar que a tinta
pegue em superfícies menos próprias.
Pegar até pega, mas dá mais trabalho;
4. Iniciar
um projecto quando a paciência não é muita. Vai dar mal resultado;
5. Ter
receio de perguntar por indicações nas lojas. Afinal, ninguém gosta de fazer figura de parva. Perguntamos por uma tinta e ouvimos
do outro lado dezenas de opções. Uma pessoa até pensa que devia ter tirado um
doutoramento sobre o assunto. Esqueçam a vergonha, deixem o funcionário
exemplar falar e depois digam-lhe: “sim, sim e agora explique-me isso
como se eu tivesse 5 anos”.
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