Primeiro amor ou o primeiro desgosto do pai

"Adeus, Leonor linda", disse-lhe ontem um amiguinho à saída da escola. O pai, que a foi buscar, já tinha notado o rapaz de volta dela e a despedida tirou-lhe a dúvida. Quando à noite me contou, com um ar um tanto ou quanto ferido, sublinhou "e olha que ele me pereceu mais velho, já deve ter quase 5 anos!".

Pois, é sabido que os miúdos dessa idade são um perigo.

Como o tempo é tramado!

Três meses cheios estes que se passaram. Um início do ano conturbado que nos deixou à deriva no meio da crise. Construção parada, empresa parada e homem à beira de um ataque de nervos. Do meu lado não esteve melhor. Logo no segundo dia do ano levei com um "então adeus meus senhores que tive uma proposta melhor", por parte de quem me emprega. Primeiro foi o choque e depois o arregaçar as mangas para não perder clientes, trabalho e o sustento.

E cá estamos!

Fiz 37, num dia lindo de sol!

Fiz as pazes com a minha melhor amiga. Aquela que me acompanha há mais de 25 anos e com quem não falava há 4 anos.

A Leonor teve a sua estreia no teatro e adorou!

Estivemos na neve e foi o delírio da pequena.

Pequenas grandes coisas que nos enchem a alma todos os dias!

Coisas de mãe

Haverá alguma coisa pior que ir trocar um modelo tamanho 36, por um tamanho 40 e a empregada lembrar-se do marido que o comprou?!

Respondi-lhe "Ora, é ele que me vê com outros olhos!"

Que mais poderia eu argumentar?

E aos 36...

... fiz "gelinho"! E ainda não sei se gosto da cor.

Efeitos da Troika

Sempre que num email escrevo "Aproveito ainda para lhe desejar um Excelente Ano de 2012", olho por cima do ombro. É sensação minha ou parece que no meio desta crise perdemos o direito de ter/desejar um Excelente Ano... que raio!!

... e pufff acabou o Natal!

E em menos de nada o Natal já acabou. O nosso foi bom. Dia 24 em casa da mamã, com muitos, muitos doces (e se na altura fiquei a olhar para eles com ar de "ai tanto e não me apetece nada" agora já comia um bocadinho) e dia 25 lá em casa com a família (grande, mesmo muito grande) do maridinho. E ouve Pai Natal ("é o primo Miglito, não é?!" - está se mesmo a ver que a miúda não se deixou enganar, apenas ficou um nadinha baralhada), comida (Chacuti, só para ser diferente) e, claro, doces, muitos doces.

A pipoca ainda abriu o presente especial às 2 da manhã. Só podia ser o cãozinho Go Go, que ela tanto pediu e com o qual ainda pouco brincou... para já esta lá em exposição no quarto. Ou tem medo de o partir ou então passou-lhe rápido o desejo.

De resto a pequena viu consideravelmente alargada a sua família de bebés e o equipamento de cozinha. Teremos cozinheira?!

Nota: Devo desde já avisar que para o ano não faço um único doce. Nem unzinho. Lá estão eles todos no frigorífico e eu a lambuzar-me toda cada vez que o abro. Para mais, o maridinho resolveu presentear-me com um modelito 36, tamanho que eu não visto para aí desde os 12 anos!!

Nota II: Quando eu entrei em "Modo Natal", o meu carrinho entrou em "Modo OFF", que é como quem diz foi parar à oficina completamente KO. Tive que andar de metro e à bolei para fazer as últimas (e mais importantes) compras de Natal. Quem diria que em menos de um ano não dispensaria o veículo?! (não, o medo ainda não passou por completo mas está muito melhor!)

Prestes a entrar em modo, completamente, Natal

A partir de amanhã vou me dedicar a 100% aos afazeres de Natal. As últimas prendas, preparar a ementa, os doces (ui!), fazer a lista de supermercado, ajudar a minha mãe com as coisas dela, preparar a casa e todas as outras coisas que à distância fazem as delícias mas que depois quando chega a hora só dá vontade de fugir e pensar "mas porque é que eu não fui para fora este ano". Contudo, não posso deixar de dar Graças. Vou estar com os meus, a mesa (ainda) é farta e não posso deixar de sentir o entusiasmo e a felicidade da minha filha por estes momentos.

Para já o melhor mesmo é arregaçar as mangas...