27 de outubro de 2015
Ela, a catequese e a terra onde moramos
Vivo a apenas alguns quilómetros de Lisboa, mais para a zona oeste, mas às vezes parece que podia estar a viver numa serra isolada. Lugar de localidades espalhadas, ligadas ainda por estradas sem luz e sem passeios. Confesso, a falta de passeios para caminhar enerva-me e limita-me o movimento.
A natureza ainda domina por aquelas bandas e apesar desse ter sido um dos motivos que nos levou para ali, às vezes sinto falta das lojas abertas até tarde, dos cafés com muita gente e do movimento de rua. Ali quando há muito movimento são as ovelhas, que o Sr. Paulo leva a pastar por detrás da minha casa.
Outro dia, à porta da escola, encontrei uma vizinha a olhar para o céu "Já viu este pôr do sol? Uma pessoa chega cansada mas depois chega aqui e é esta tranquilidade". É, é isso é.
Mas dizia eu que às vezes parece que moro numa serra isolada. É impressionante o peso que a igreja, e o padre, têm por ali. Nota-se nas festas, nas romarias, no trabalho que fazem a nível comunitário, junto da população mais idosa e carenciada. O ano passado com a ida da Leonor para a catequese inteirei-me deste trabalho e senti uma maior integração com o local onde vivo mas onde não conheço praticamente ninguém. De repente toda a gente nos conhecia. Até recebemos a Cruz em casa por uma noite (sem altar nem rezas, como era exigido, mas ainda assim demos-lhe um tecto). Mas o problema é que esta devoção toda a mim incomoda-me. Não consigo explicar porquê. Sempre vivi a fé de uma forma muito ligeira, muito minha. Quando frequentei a catequese (e fi-lo no mosteiro de St. Maria do Mar), havia alegria, brincadeira e risos. Mas temo que a minha filha não tenha vivido a mesma experiência. Este ano recusa ir. "Nem penses". Diz-me. E eu não vou obriga-la. Mas fico na dúvida se é por preguiça ou se ela sente o mesmo que eu.
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