Hoje a noite foi mais curta. Muitos sonhos ou dores intrometeram-se no sono da minha filha. Às vezes ter dois anos ou ter dois dias de experiência é quase a mesma coisa: fizemos-lhe massagens na barriga (eu achava que era dor de barriga), pusemos-lhe soro no nariz (o pai achava que ela não conseguia respirar), tapa-mo-la com uma mantinha (ele também achava que ela tinha frio) e acabamos por lhe tirar a parte de baixo do pijama e os collans (por fim achámos que tinha calor). Lá para as seis da manhã dormimos.
Tantas andanças nocturnas fizeram-me pensar nas vantagens e desvantagens do co-sleeping (benditos americanos por terem inventado uma filosofia que nos justifica a fraqueza e a preguiça). Os momentos de ternura, a falta de choros e dramas na hora de ir para a cama e as longas noites de sono tranquilo estão entre os aspectos positivos. Mas esta "modalidade" tem o seu senão. A vontade de estar próximo do maridão sem ter meio metro de gente pelo meio, alguma intranquilidade no sono, (às vezes é um pontapé, outras vezes é um bracito ou uma pernita a ficar entalada entre a mãe e o pai) e o receio de estar a adiar um problema e não a resolve-lo.