29 de junho de 2010

O dia em que tivémos um cão!

Pois é, o título resume tudo, não é?! 

Há muito que lá por casa me pedem um cão. Aliás, desde que conheci o D. que ele faz um cara de "vá lá, não sejas uma madrasta má"... até agora, sem qualquer resultado. Apenas cedi no rato e lá veio o "Jorge" para nossa casa. A Leonor nasceu, está mais crescidinha e já faz coro com o irmão! Perante estes dois é difícil    dizer "não" e eles já perceberam qual é a parte mais fraca: o Pai, pois claro! 

A história começou no Sábado de manhã com o Pai a entusiasmar os miúdos que tinha um amigo com um cão muito pequenino,  "tão pequenino que quase não se dá por ele". 

A conversa pegou, encontrámos o amigo que nos disse que só daqui a dois ou três meses é que teria mais caezinhos, os miúdos entusiasmaram-se e eu acalmei, porque a vir o bicho não era já e em alguns meses muita coisa pode acontecer. Ficou logo "decidido" o género do cão, menino, e o nome, "Pipocas". E pronto os miúdos andavam contentes da vida e o dia correu bem. 

Chegou a noite o pai foi beber café com uns amigos, a Leonor dormia  e eu e o D. ficámos a ver um filme. A noite decorria tranquila até que o pai chega a casa: "Olá, onde estão? Não estão a dormir, pois não?". Aquilo devia-me ter alertado logo para que algo se passava. Cinco segundos depois começo a ouvir uns latidos. O D. deve ter ouvido primeiro que eu porque correu logo para a porta... "Olha o Pipocas!". Eu não queria acreditar mas era verdade o Sr. Pai tinha trazido um cão para casa. Um cão não, um cachorrinho Serra da Estrela, que de pequeno não tem nada. Nos primeiros cinco segundos o entusiasmo foi grande "olha tão giro", "oh que fofinho" e por aí fora e, sim, algumas das frases também foram minhas. Até que as questões são levantadas: "Que cão é este? De onde é que surgiu? E o que é que ele está cá a fazer em casa?". "É de um amigo, não é para nós é só para passar o fim de semana. Vamos fazer um teste para ver como corre". Uff, não era o "Pipocas"! E a ideia do teste pareceu-me bem! 

Entretanto, o cão percorria a casa toda, fazia xixi em cada canto e eu já não estava a achar piada ao bicho. Na cozinha já andavam taças com leite, com água e com arroz espalhadas por todo o lado. Um dia inteiro a limpar para em 5 minutos o animal sujar tudo. Mas eu não abri a boca. 

Até que lá pela 01.00H é altura de ir dormir. E quem dizia que o cão dormia? Gania e chorava que fazia dó e só acalmava quando o Pai se sentava ao pé dele. Solução? O Pai, que teve a ideia de trazer o cão, passou parte da noite sentado no chão da cozinha ao pé do bicho, enquanto nós dormíamos descansados. 

Lá pelas 07H foi para a cama, sempre com o animal nos calcanhares. Por essa altura acordou a Leonor que nem queria acreditar no que via!! 5 minutos de êxtase até que o bicho, coitadinho, depois de tanto apertão começou a morder-lhe (a roupa não a ela). "Não goto desse cão!", começa ela aos gritos. E pior ficou quando o cão mordeu o "caozinho" com que ela dorme sempre. Mais três horas de agonia (minha, do pai e do cão). Já não podíamos ouvir a Leonor que tinha "muito medo", mas que não largava o animal. Só o D. dormia descansado!  Lá pelas 10H fui às compras com a Leonor e quando cheguei já o Pai tinha tomado a decisão de que o melhor era irmos entregar o bicho antes do almoço. E que não se falava mais no assunto. Teste feito, decisão tomada: o próximo bicho a entrar lá em casa é uma tartaruga e, sim, vai chamar-se "Pipocas". 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Vida minha!

Oizinho...

 Uma pessoa tá mais de um ano sem pôr aqui os olhos e quando dá aquela vontade de voltar, o google faz-nos rever perfil e outras coisas que ...