Aos 15 meses é tempo de levar vacinas. Assim, chegámos cedo ao centro de saúde, tiramos a senha número 2 e aguardámos, aguardámos, aguardámos. Cerca de 1h 10m depois chamaram finalmente a Leonor.
- "Humm, estou a ver que ela tem ido levar as vacinas no Hospital da Luz".
- "Sim, mas como moramos aqui ao lado não vejo necessidade de ir a um hospital particular".
- "Pois, tem razão. A menina tem que levar duas vacinas, mas nós só temos aqui uma. Estamos à espera que o Ministério da Saúde nos envie as vacinas da Meningite C. Entretanto, estou à espera que me venham entregar uma caixa de urgência e posso reservar-lhe uma para a Leonor. Assim não tem que esperar mais e ainda esta semana vem cá para fazer a vacinação da menina. Tenha um bom dia".
E com uma manhã dada por perdida e uma promessa no bolso saí de um recém inaugurado centro de saúde que não tem nem a dimensão nem os recursos para satisfazer a população da sua área de abrangência.
Esta foi a segunda vez que fui ao Centro de Saúde com a Leonor. A primeira vez que lá fui tinha a Leonor 6 meses de idade e quase 40 de febre. Apesar de ser recebida pela suposta* médica de família mandaram-me para o Hospital da zona porque não têm pediatra. O diagnóstico: uma simples e fácil de detectar otite.
*(digo suposta, porque só o pai pode fazer parte do agregado famíliar. Como vim de outro concelho não tenho direito a médico de família e não posso entrar no processo do meu marido, porque dele fazem parte a ex-mulher e o filho. Para admitirem a Leonor abriram uma 2º via do processo. Perceberam? Eu também não).
Não sei por que tanta indignação, miúda não faz sentido o que estás a dizer: 1.º pelo que eu sei tu ainda não casas-te; 2.ª se todos os namorados pedissem para terem o mesmo medico de família e no mesmo processo e passado uns tempos se separassem lá tinha que ir pedir a separação dos processos, isso não faz sentido. O que está mal nesta história é o teu "marido" ainda não ter pedido a exclusão da ex no processo dele.
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