27 de abril de 2021

Oizinho...

 Uma pessoa tá mais de um ano sem pôr aqui os olhos e quando dá aquela vontade de voltar, o google faz-nos rever perfil e outras coisas que tal. E ainda bem, porque como precisava de mudar... não que estivesse totalmente errado. Adoro ler, ouvir música e relaxar a fazer essas duas coisas. Mas ao Cinema se for uma vez por ano já é motivo de festa, Viajar tá escasso e Brincar com a filha não é que eu não queira, ela é que foge de qualquer interação paternal ou maternal! 

Tudo evolui e muda, até nós. Ao querermos ser a pessoa que nós fomos há 10 anos, estamos a enganarmo-nos a nós mesmos e a não dar chance a crescermos! 

Por isso, ok a mudanças de perfil e a tudo de bom que os últimos 10 anos nos trouxeram, mesmo que isso signifique que alguma coisa ficou pelo caminho. 

Beijitos!

11 de outubro de 2019

Outras vadias

Cada vez mais consciente do seu corpo, a minha pequena adolescente vai ganhando asas e alento. As nossas manhãs são agora muito diferentes. Acorda muito antes do meu despertador tocar para experimentar roupa, enquanto a que foi escolhida na véspera fica ao fundo da cama num molho amachucado. Fica a mirar-se ao espelho durante o que me parecem "horas". Leva outras tantas a cuidar do cabelo e o pequeno-almoço é o nosso momento, quando consigo que ela se sente à mesa.
Ser mãe de uma adolescente é por vezes desesperante mas também tem coisas giras. O que torna este processo mais difícil é, confesso, a dificuldade que tenho em largar o controlo e pô-lo nas mãos dela. Ainda que isso seja crucial para o seu crescimento e para a sua emancipação. Por exemplo, ainda ontem à noite perguntou-me se podia levar calções e uma espécie de crop para a escola. Respirei fundo e calmamente perguntei se não achava que estava frio (sim, porque no oeste isto já arrefeceu). Desvalorizou. E eu dei-lhe a autorização mas... atentem ao mas... desde que ela achasse que a roupa estava bem para a escola porque, expliquei, temos que ter noção do que é o decoro, de nos protegermos e também de respeitar o espaço escolar. Afinal, uma coisa é irmos para a praia outra é irmos para a escola. Foi um belo monólogo de 5 minutos, que ela resumiu numa frase "não é para me vestir como uma vadia, certo?". Vêem como elas sabem!! Hoje vestiu jeans e uma camisola/crop por auto-recreação e eu suspirei de alivio. Se ela tivesse escolhido a primeira indumentária eu também não teria dito nada porque acima de tudo temos que respeitar as escolhas deles (ainda que ficasse com um nó na garganta e vontade de chorar).

Recomeços vadios

Por vezes, dou por mim a vir aqui abrir a caixa de texto, a escrever algumas palavras para depois logo a seguir apagar ou guardar rascunho. Rascunhos esses que depois deixam de fazer sentido e  são eliminados. Tenho saudades de ganhar a vida a escrever, escrever coisas sérias, de me identificar com um projecto de corpo e alma e dar o litro por ele. E isto tem sido um problema nestas andanças de procurar trabalho, porque o meu rosto é um espelho e quando não gosto, não gosto mesmo e a coisa corre mal. Mas nesta última semana senti que encontrei um projecto, com o qual me posso identificar e agora há o medo que eles, do outro lado, possam não ter sentido o mesmo...ahh os amores não correspondidos!
  Enquanto isso, outras ideias vão ganhando forma, porque parar é morrer e eu tenho-me sentido assim um pouco.. como direi... morta por dentro... (isto é um exagero alimentado pelo tempo frio e cinzento aqui do oeste).A verdade é que este último ano tem sido um mix de sentimentos. Gosto de ter tempo para a minha piolha, gosto de auxiliar na empresa do marido... mas a minha pequena adolescente quer-me ver a milha de distâncias da escola e das amigas... e a empresa do marido... lá está, é do marido e sinto como se me estivessem a dar uma esmola.

Bom, vou ali carregar no botão publicar para não desperdiçar a prosa. 
 

12 de junho de 2019

Fim do ano lectivo... uff sobrevivemos!

Confesso, este ano não foi fácil mas foi doce. Pela primeira vez em cinco anos, tive tempo para a acompanhar na escola, para os constantes leva e traz, inclusive descobri uma nova profissão "uber-mamã". Fui espectadora das novas amizades e das conquistas feitas. E há de facto coisas, pequenas coisas, que se perdem quando se está longe. Mas a miúda cresceu, e muito, neste último ano, quer ganhar asas e experimentar a sua própria independência.
Prefere o autocarro à "uber mamã", as amigas à mãe e prefere desenrascar-se sozinha a pedir ajuda (que SURPRESA, a quem é que ela sairá?!).
Resumindo, foi um ano de conquistas, de altos e baixo, de crescimento e aguardamos as notas para saber se foi um sucesso... temo que a este nível haja algum dissabor...


3 de junho de 2019

Cartas de motivação

Nesta busca por um novo emprego há um elemento que me faz sempre parar e pensar: a carta de motivação. Tenho o CV preparado, actualizado e pronto para enviar mas não sou capaz de fazer uma carta de motivação genérica sem colocar meia dúzia de banalidades. Banalidades que são verdades, mas que não me diferem da concorrência. Já o que não é banalidade e me difere também não me torna elegível... experiência a mais, idade a mais (realy?!)... por isso demoro sempre um certo tempo a responder. Algumas são difíceis de escrever, sinal que não seremos um perfect match, já outras são escritas mais com o coração do que com a razão...  como esta:


«“Mata. Depois fazemos outro.” Há palavras que nos ficam gravadas na alma para sempre. Há uns anos tive o privilégio de entrevistar uma extraordinária contadora de histórias moçambicana, a propósito do lançamento de uma sua obra. Falámos de guerra, das mulheres, do que sofrem e do que fizeram sofrer, das batalhas e dos pesadelos que se travaram e ainda se travam. Entre muitas histórias de horror uma chocou-me em particular. Antes de uma ofensiva as guerrilheiras que carregavam os seus filhos muito pequenos sabiam o que tinham que fazer para não pôr em causa a missão: “mata. Depois fazemos outro”. Esta entrevista foi há alguns anos mas em muitas partes do mundo podia ter sido ontem. Frágeis, as crianças são quase como ‘descartáveis’, não só em situações de conflitos armados mas também na miséria e na pobreza. E é por elas que temos que lutar.
Ao longo dos anos assisti, e fiz notícia, do trabalho e dos esforços desenvolvidos pela UNICEF. Dos seus números, das suas acções e do impacto que têm no dia a dia e no futuro de novas gerações. Se há histórias que merecem ser contadas são estas para sensibilizar quem não conhece, para honrar quem trava estas “batalhas” mas também para lembrar quem as perdeu. Hoje temos “armas” poderosas para chegar a mais pessoas, para passar a mensagem, para mobilizar e passar à acção. 

Para mim seria uma honra contribuir e trabalhar convosco. O meu curriculum resume um pouco da minha experiência profissional e da minha formação, espero que as mesmas vão ao encontro do que procuram

Se calhar quando conseguir escrever uma Carta de Motivação em condições contratam-me! 

10 de maio de 2019

Abril, passou a mil

Houve aniversário, festa, comidinhas, descanso, chatices várias, coisas boas, regresso à escola, vitórias e coisas mais. Houve um pouco de tudo neste mês de abril que a mim me pareceu que passou a mil à hora. Um desnorte! O mais importante é que a minha pequena adolescente fez 11 anos, e o resto havemos de pôr em dia.
A celebrar com as amigas.



29 de março de 2019

Cenas de mãe: o que realmente queremos?

Ultimamente, talvez não tão ultimamente como isso, tenho tido alguma dificuldade em concentrar-me nas tarefas que realizo. Começo uma coisa, mas logo surge outra e depois outra e mais outra e tenho a sensação que não termino nada. Gosto de um projecto com principio meio e fim e parece-me que estou a meio de tudo ou, pior, tenho tudo por começar. Mas num mundo onde as possibilidades são imensas por onde começamos?

Vida minha!

Oizinho...

 Uma pessoa tá mais de um ano sem pôr aqui os olhos e quando dá aquela vontade de voltar, o google faz-nos rever perfil e outras coisas que ...